quarta-feira, 16 de setembro de 2009

TEMPO

TEMPO

Caminho solene e não vejo
Quem acabou de morrer sob meus pés
Tomamos seu solo, pisamos seu espaço
Vejo o pássaro no céu
Já não é como antes
O ar carregado de fumaça
A sôfrega respiração da árvore
A flor não exala o perfume
O vento que sopra trás o terror
O mar revolto traga o barco, sem dó
O avião aterroriza o terrestre
Passa o trem e a fumaça novamente
Os pulmões aspiram o ar denso
Tomam espaço na selva dos macacos
Corre o jacaré para a água
Fugindo de seu predador
As plantas recebem o veneno e tem que engolir
Antes o tempo diligência
O carteiro levando a carta a cavalo


ATAIDE NATALIO
96015629

Nenhum comentário: