quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

ENCANTOS DE MULHER




POR: ATAIDE NATALIO



CAPITULO XVI



Retale vai a sala do chefe.



CORNÉLIO: Bom dia como está você. Vejo que gosta de usar colares e pulseiras sempre diferentes. Acho que a mulher fica mais sensual e seus dotes femininos combinam com elas.



Retale ruboriza. Ela não esperava ouvir isso ainda mais vindo do seu patrão. Pensa: uma simples assistente financeira diante de um homem poderoso que tem mulher e filhos e que possui uma linda mansão.



RETALE: Obrigada pela sua observação.



CORNÉLIO: Não há porque, querida. Preciso que vá ao banco nacional resolver os problemas de financiamento da fábrica, ver se falta algo e falar com o gerente sobre meus extratos de investimentos.



RETALE: Sim chefe, vou providenciar isso. Bom dia.



Cornélio fica a imaginar com seus botões: eu sou um cachorro mesmo. Tenho uma linda mulher que me ama e ainda faço isso. Ele as vezes avança o expediente entretanto depois de um dia atribulado resolve ir para casa.



Darly deve estar a essa hora em Pernambuco. Mulher faceira que gosta de viajar para longe, conhecer novos lugares, pessoas, respirar novos ares. Bem se explica porque veio do interior para capital e não quer mais perder tempo parada. Dividem o aluguel com duas amigas. Longe das franquias e das reuniões com Otelo, Hilário e Mina ela com certeza está aproveitando o ultimo nas férias coletivas dadas em sua empresa. Ela é forte e voltará com toda energia com certeza.



O autor retorna um pouco a vida de Naor. Quando taxista ele tinha praça um galaxie bordô e seu melhor cliente era o vereador da cidade de Campo Mourão, Zamir Teixeira. Na época, como já disse, não havia taxímetro e era baseado na distancia e na cara do cliente. Entretanto, certa vez dois elementos contrataram-no para uma corrida até Cascavel. A distancia é em torno de 170 quilometros. Um deles atrás e o outro na frente. O detrás sentou-se atrás do motorista. Havia muitas matas aquele tempo (1967). Pouco antes de chegar ao destino o que estava atrás enconta um revólver calibre 38 na nuca de Naor e disse vamos te matar. Como ele tinha muita habilidade começou a conversar com eles dizendo que já foi bandido e tem portava sua arma. Continuou dirigindo e iam conversando com o gatilho pronto para ser puxado. De repente Naor diz: parem com isso. Leve o carro e meu dinheiro e me deixem vivo. Podemos lá chegando até tomar umas geladas. O carona fez sinal ao seu companheiro para que baixasse a arma. A