quarta-feira, 14 de abril de 2010

A SEGUNDA TRANSA




POR: ATAIDE NATALIO





Vi um colega do outro lado da rua e acenei

Ele sorriu e gesticulou que eu o esperasse

Fiquei parada fitando-o e enquanto atravessava a rua fiquei imaginando com meus botões o que será que ele quer

Chegou e beijou delicadamente meu rosto. Perguntei para onde está indo?

Saí do colégio e estou indo para minha casa.

Eu disse-lhe que o mesmo acontecia comigo.

Me pergunta: quer tomar um sorvete ?

Aceito: embora esteja evitando certas guloseimas.

Imagina, disse Marcio, um corpinho assim não dá nada.

Beleza, onde vamos então.

Logo na esquina tem uma sorveteria e é um ambiente agradável.

Após saborearmos ele me disse: que tal juntarmos os trocados e ir aquele hotel ?

Como o conhecia desde a infância quando éramos vizinhos não dei-lhe um tapa na cara. Vamos, sou filha única e minha mãe disse que hoje iria as compras e não estaria em casa quando eu chegasse. Meu pai almoça sempre fora com seus colegas executivos. Dei meus trocados a ele e esperei na ante-sala enquanto ele pegava a chave. Ao subir as escadas comecei a tremer embora não fosse minha primeira vez. Ele abriu a porta e disse: Karol vai dar tudo certo.

Uma grande cama redonda, lençol branco, frigobar.

Ele me agarrou, beijou-me calorosamente e em seguida foi-se banhar. Liguei a TV e o canal era pornô. Ele voltou e eu com a toalha envolta também fui tomar um banho.

Suavemente me envolveu sem seus braços, acariciando meus seios e com beijos de língua. Deitou sobre mim e lubrificou deliciosamente minhas entranhas. Puxei-o contra meu corpo e veio a penetração. A sensação era um só corpo. O êxtase veio rapidamente e ai-ai-ai era o sussurro naquele momento sublime. Ele aos meus ouvidos: Karol-Karol-Karolzinha.

Nossos corpos já suados resolveram dar um tempo.

Marcio sentou-se a cama e disse: sobrou uns trocados para a coca-cola. Após fomos tomar banho juntos. Na banheira: am-am-am.

Tava muito gostoso mas era hora de irmos embora. Saímos do hotel e até certa altura caminhamos juntos e ao despedir disse-lhe: até qualquer dia.

O tempo foi passando e no terceiro mês senti algo estranho em meu corpo e fui consultar um médico: você está grávida.